Mercado de Carbono: Regulação Abre Oportunidades para Investidores
- Samantha Lêdo
- 27 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
A regulação do mercado de carbono está a poucos passos de se concretizar. O texto, protocolado na câmara em 2015, foi aprovado pelo Senado em 13 de novembro e agora espera sanção presidencial.

O projeto regulamenta um mercado que poderá ser frutífero para investidores, que podem lucrar enquanto ajudam a financiar uma das soluções para a crise global do clima. Os créditos de carbono são certificados que devem ser contabilizados sob metodologia específica. Trata-se de quantificar quanto carbono uma ação ou localidade pode capturar, ou deixar de emitir. Por exemplo, se uma empresa instala placas solares, ela está deixando de emitir carbono na geração de energia. Dessa forma, pode vender esse direito de emissão para outras companhias. A empresa especializada em transição climática, WayCarbon projeta que os créditos de carbono podem gerar uma receita de cerca de US$ 120 bilhões (R$ 684 bilhões) até 2030 para o Brasil. São números otimistas que consideram os melhores cenários onde cada tonelada de carbono gerará US$ 100 em crédito e onde o país consegue atender até 48,7% da demanda global. Mesmo assim, é inegável que um novo mercado se abre. Até as projeções mais pé no chão também chamam a atenção. Para Munir Soares, CEO e fundador da Systemica, consultoria para geração e gestão de créditos de carbono, os números giram entre US$ 30 bilhões e US$ 50 bilhões (de R$ 171 bilhões a R$ 285 bilhões) no mundo todo até 2030. Ao Brasil caberia uma fatia de 15% desse mercado, com valores entre US$ 4 bilhões e US$ 7,5 bilhões (de R$ 22,8 a R$ 38,25 bilhões).
Forbes Brasil
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